sábado, 15 de fevereiro de 2014

Nur Ein Wort - Wir sind Helden

               Navegando na net encontrei o vídeo desta música e escutei algumas vezes empolgada pelo som e pelo fato dela ser em alemão. Então eu fui pesquisar a letra, porque é claro que não posso ficar escutando um música sem saber o que ela significa, e foi aí que eu me apaixonei totalmente.

                Se trata basicamente da história de uma garota que está apaixonada por um cara muito calado e então ela implora para que ele fale com ela. É linda a maneira como ela descreve o jeito dele ser e, falando sinceramente, me lembra aqueles garotos super legais e inteligentes, mas também muito calados.

                 A banda começou em 2001 e se desfez em 2012 - hiato indefinido -, mas fizeram considerável sucesso levando em conta que esgotaram-se os ingressos para o show deles na Inglaterra embora eles não cantem músicas em outra língua senão o alemão.

                 O nome Wir sind Helden significa "Nós somos heróis" e é formado por quatro integrantes: Jean-Michel Tourette - guitarra e teclado -, Pola Roy - bateria -, Mark Tavassol - baixo - e Judith Holofernes - vocais e guitarra além de compositora da maioria das músicas - destaque para ela cujo nome artístico se refere à hebréia Judith que degolou Holofernes, general do rei Nabucodonosor II da Babilônia, como retratado na Bíblia e em várias representações artísticas.

                  Uma pena que a banda não continue, mas só o que nos resta é apreciar as músicas que eles fizeram mesmo que talvez já estejam "antigas" e "fora-de-moda"!




sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O senhor dos anéis

              Como escrever uma resenha sobre O senhor dos anéis quando quase todo mundo conhece a história? Até mesmo quem você menos espera  pode falar algo como "Frodo", "Smeagol", "anel"... Enfim, se você começar qualquer resenha, as pessoas irão passar para a próxima página sem dar atenção. Como explicar toda a profundidade da história?

              Então vamos do começo.

              "Num buraco no chão vivia um hobbit". Como agora finalmente todos sabem, a Terra-Média iniciou-se em O hobbit, uma história cheia de aventuras e tudo mais que os leitores de fantasia podem desejar. E então o conto ganha uma nova dimensão em O senhor dos anéis. O que antes era apenas um anel mágico se torna o artefato mais poderoso, e perigoso, de todo aquele mundo.

              Como o próprio Tolkien disse, O senhor dos anéis foi fruto da imaginação de um escritor que pretendia contar uma história realmente longa e que prendesse o leitor, não há nisso simbologias ocultas ou um relato camuflado da Segunda Guerra Mundial.

              Ainda assim, é possível notar quanto valor Tolkien atribui à amizade e ao poder de fazer o que é certo mesmo que não seja fácil. Além disso, é incrível perceber que em meio a grandes elfos, magos e herdeiros de tronos, é um simples e pequeno hobbit que assume a tarefa mais importante possível. Ele sacrifica sua vida para que as coisas que ele ama não sejam perdidas e no fim ele próprio está tão modificado que não pode mais viver serenamente no Condado. Quantas pessoas no Nosso mundo fazem isso?

               Se for para escolher uma cena dentre os três livros não escolherei a mais divertida ou a com mais ação, mas sim a cena que se aplica a todos nós, quando o Sam é tentado pelo anel em Mordor. É neste momento que ele percebe que por mais provocante que possa ser se tornar um senhor poderoso com um domínio gigantesco, tudo o que ele deseja é um pequeno jardim que ele possa cuidar com suas próprias mãos, sem depender de servos ou escravos para isso. Isso está longe de ser um complexo de inferioridade, é uma amostra de simplicidade e humildade.

              O que quero dizer com tudo isso é que, além de ser uma história incrível, envolvente e um exemplo sem par da grandiosidade da literatura fantástica, O senhor dos anéis é uma filosofia de vida. Uma maravilhosa maneira de entender isso é através da frase de outro escritor deste gênero, Lloyd Alexander:
"A fantasia dificilmente é um escape da realidade. É uma maneira de entendê-la".